Os fabricantes das luvas devem atender
a seguinte norma:
Luvas marca ORION |
Em primeiro lugar:
Leia
as recomendações do fabricante das luvas. Siga
rigorosamente as orientações do fabricante quanto ao tempo de vida útil,
condições de uso e conservação, periodicidade dos testes, etc.
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Depois de ler esse artigo, sugerimos que leia também:
Classes de Isolação das luvas isolantes
Antes
de usar as luvas, o profissional deve verificar se possui a luva com isolação
adequada a tensão de trabalho, essa informação deve estar marcada próximo a orla da luva. A NBR 16295:2014 estabelece as classes de
isolação das luvas conforme mostrado na tabela a seguir:
Classe das luvas
|
Cor da Tarja
|
Tensão máxima de uso (tensão de linha, valor
eficaz).
|
00
|
Bege
|
500
|
0
|
Vermelha
|
1000
|
1
|
Branca
|
7500
|
2
|
Amarela
|
17000
|
3
|
Verde
|
26500
|
4
|
laranja
|
36000
|
A Tensão máxima de uso é o valor eficaz máximo entre fases, na qual a luva pode ser utilizada.
Na luva também vem uma tarja colorida que corresponde a sua classe de isolação.
Inflador marca RITZ |
Fazer uma rigorosa inspeção visual, a luva não deverá ser utilizada se for encontrado cortes, ou furos ou ainda materiais incrustrados, que possam prejudicar a isolação do material.
Para
inspeção visual, as luvas poderão ser infladas com ar usando aparelho
apropriado, conforme figura ao lado. Não esticar a
luva além do recomendado pelos fabricantes.
Além das luvas, é obrigatório o uso de outros EPIs
adequados ao tipo de trabalho a ser executado. Exemplos: vara de manobra, capacete, vestimenta
anti-chama, proteção facial, calçados de segurança, mangas e aventais
isolantes, cesto isolado, proteções isolantes, etc.
Ensaios periódicos das luvas isolantes
É
obrigatório que as luvas sejam submetidas a ensaios periódicos conforme
determina a NR 10 no seu item 10.7.8:
“Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou
equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem
ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos,
obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na
ausência desses, anualmente”.
Sempre consultar o fabricante para
saber a periodicidade dos ensaios. Alguns fabricantes recomendam que seja
realizado ao menos um ensaio a cada seis meses, podendo esse intervalo ser
menor dependendo das condições e frequência de uso das luvas. Os procedimentos
para os ensaios são padronizados pela NBR 10622 e devem ser realizados por
profissionais habilitados.
O
laudo com os resultados dos ensaios precisa ser arquivado junto ao Prontuário de Instalações Elétricas.
Proteger
as luvas isolantes com as luvas de cobertura
Luvas marca Fesp |
Tipos de Luvas Isolantes
Tipo I – Não resistente ao ozônio
Tipo
II – Resistente ao ozônio
Manter a luva limpa. Seguir as recomendações do fabricante para uma limpeza correta. Guardar em locais isentos de umidade, armazenar em bolsa apropriada sem dobrar, enrugar ou comprimir.
As luvas devem ser armazenadas do seguinte modo:
a) Acondicionada em caixa de papelão,
com o lado da etiqueta para fora;
b) Não devem ser dobradas,
enrugadas, comprimidas, ou submetidas a qualquer solicitação que possa causar alongamento
ou compressão;
c) Em locais livres de ozônio,
produtos químicos, óleos, solventes, vapores prejudiciais, fumos e descargas elétricas;
d) Fora da ação direta e afastada da
irradiação de qualquer fonte de calor;
e) Em locais de
temperatura ambiente não superior a 35ºC;
Recomendações finais:
Não
devemos esquecer que as luvas, assim como todo Equipamento de proteção
Individual, devem seguir as determinações da NR 6. É obrigatório que tenham
sido aprovadas pelo Ministério do Trabalho, ou seja, precisam ter o Certificado
de Aprovação (CA).
Importante:
as informações aqui apresentadas são complementares. Verifique as normas
oficiais, as orientações dos fabricantes e as normas de segurança da sua
empresa.
Para
saber mais, consulte as referências abaixo:
Referências:
ABNT. NBR 16295:2014 - Luvas de material isolante (IEC 60903:2002, MOD)
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,
QUALIDADE E TECNOLOGIA-
INMETRO. PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO - LUVAS
ISOLANTES DE
BORRACHA. (Portaria Inmetro n.º 229/2009
– Código 3427). Disponível em: < http://www.inmetro.gov.br/fiscalizacao/treinamento/luva-isolante.pdf>. Acesso em 12set2013.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO.
Manual de Auxílio na Interpretação e
Aplicação da NR 10 – NR 10 Comentada. Autores: Eng. Joaquim Gomes
Pereira e Eng. João José Barrico de Sousa. Ministério do Trabalho e Emprego -
2010.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 10 –
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. (Texto dado pela Portaria GM n.º 598, de 07
de dezembro de 2004).
SENAI – Curso Complementar de Segurança no Sistema Elétrico de Potência.
Brasília, 2008.
SENAI – Departamento
Nacional. Curso Básico de segurança em instalações e serviços em eletricidade:
riscos elétricos. SENAI. DN. Brasília, 2007.
TOCANTINS, VANDER DINIZ. Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade:
nova NR 10: aplicação prática. SENAI. DN. Brasília, 2007.
Figuras:
Luvas isolantes marca Orion:
http://www.orionsa.com.br/imagens/catalogos/Catalogo_Isolantes_Eletricos_Portugues.pdf
Inflador
de Luvas - marca RITZ:
http://www.terexritz.com/
Bolsa
e Luvas Isolantes - Marca Fesp:
http://www.fesp.com.br/home.htm
Tem certeza que os ensaios periódicos das luvas isolantes devem seguir a padronização da NBR 10622? Alguns desses ensaios são destrutivos e servem para aceitação de lote de luvas. Ou seja você recebe um lote de luva e separa uma amostra que será testada, as luvas testadas serão inutilizadas, mas servirão para você decidir se aceita ou não o lote recebido.
ResponderExcluirNa NBR 10622, há uma tabela que define o valor da tensão de ensaio. Nesse caso, a tensão de ensaio deve ser menor que a tensão de perfuração da luva, portanto, seguindo os valores determinados nessa tabela, o ensaio não será destrutivo.
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